Assim como desde o início das negociações, a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) continua aberta ao diálogo com o Sindat e o Sindifisco sobre as reivindicações de reajuste salarial. Em reunião realizada na última semana, a Sefaz explicou aos dirigentes das duas entidades que, após vários estudos técnicos e simulações, a proposta de incorporação da gratificação de produtividade ao salário base da categoria se torna inviável neste momento da economia.
Ciente da importância que têm os trabalhadores do Fisco e os anseios da categoria, a secretaria propôs a atuação direta de representantes dos dois sindicatos no grupo de estudos para aperfeiçoamento da metodologia das metas de arrecadação, discutindo os critérios e percentuais a serem aplicados nos cálculos trimestrais.
Segundo o secretário de Estado da Fazenda, João Andrade, o cenário econômico atual impõe circunstâncias limitadoras ao Estado e impedem, neste momento, a efetivação da incorporação reivindicada pelos sindicatos. "Reconhecemos a importância dos trabalhadores do Fisco e estamos solidários às reivindicações. Aceitamos, sim, discutir a incorporação da gratificação por produtividade, mas solicitamos dos sindicatos a compreensão do momento atual", disse, ao acrescentar a preocupação em realizar um monitoramento rigoroso das receitas devido aos limites atingidos pela folha de pagamento.
"O Estado está no limite extremo do que preconiza a Lei de Responsabilidade Fiscal. Então, é o momento de haver o cuidado de não deixar que a receita do Estado fuja ao enquadramento do limite prudencial, sob pena de não podermos contratar financiamentos, limitar e até cortar horas extras e limitar ainda mais o custeio", avaliou. "Enquanto não pudermos estabelecer as condições para a incorporação, propusemos a revisão do plano de metas para compensar de outra forma os pleitos ainda não atendidos até que haja possamos implementar a incorporação da gratificação", afirmou.
Fonte: Atalaia Agora
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