Preocupado com o grande número de assassinatos que estão sendo registrados em Itabaiana no primeiro semestre desse ano (já são 22), o deputado estadual Gilmar Carvalho (PSB) propôs que a Secretaria da Segurança Pública instale uma força-tarefa no município. De acordo com ele, a insegurança que se instalou na cidade serrana tem permitido a ocorrência de novos registros de assassinatos com requintes de crueldade e ousadia.
“Como Itabaianense, não posso permitir que os bandidos sejam mais fortes que a SSP. É preciso instalar uma força-tarefa para coibir esses assassinatos e mostrar que o Estado pode controlar essa onda de violência. A SSP deve agir o mais rápido possível”, reivindicou o parlamentar.
Na noite de ontem (quarta), por pouco essa estatística não aumentou. Por volta das 20h, dois homens de moto tentaram tirar a vida de Olavo Barbosa, que estava preso e recebeu sua liberdade recentemente. Eles se aproximaram da vítima, em frente à sua casa, quando foram surpreendidos pelo próprio Olavo, que trocou tiros com os bandidos e acertou três deles em um dos motoqueiros.
Janderson da Cunha de Jesus foi levado para o hospital de Itabaiana e depois encaminhado para o hospital João Alves Filho,em Aracaju, onde foi internado com três balas no corpo. Já Olavo Barbosa foi para o hospital com um tiro na clavícula e outro na coxa. O outro integrante da moto fugiu e não foi identificado pela polícia.
Para Gilmar Carvalho, a situação é tão grave que enquanto a Secretaria da Segurança não impõe a ordem em Itabaiana, seria mais cômodo o próprio governo instalar uma unidade avançada do Instituto Médico Legal no município. “Dessa forma não seria necessário o deslocamento do IML todas as vezes que acontece um novo assassinato”, disse.
O deputado cobrou também uma solução para os mais de 20 assassinatos registrados só esse ano. “Gostaria de saber da SSP, quantos já foram presos em Itabaiana por matar ou mandar matar? Quantos casos já foram solucionados? Enquanto isso, os assassinos estão agindo livremente, em plena luz do dia, e cometendo crimes em locais públicos e movimentados”, advertiu.
