A população sergipana vivencia nesse momento uma situação por demais preocupante em virtude dos desentendimentos entre o governo do estado e os policiais militares sobre a questão que envolve reajuste salarial. Enquanto os policiais militares insistem em ter sua remuneração equiparada a dos policiais civis, a administração estadual diz não ter condições financeiras para atender essa reivindicação. As negociações entre as duas partes que já vinham sendo realizadas em clima tenso, ficaram ainda mais exacerbadas depois do anúncio de aumento salarial linear de pouco mais de 5% para os servidores feito pelo governador Marcelo Déda na última quarta-feira.
A reação dos PMs foi de total descontentamento expressado pelas suas lideranças que anunciaram o início da chamada "greve branca" e a disposição de não trabalhar para dar segurança à realização dos festejos juninos que se avizinham. Não estão errados aqueles que acreditam que da "greve branca" para o aquartelamento é apenas um passo, caso o governo estadual não venha a reconsiderar o pleito dos policiais militares. Seria a instalação do caos em Sergipe. Sem a presença dos PMs nas ruas para dar segurança à população, a bandidagem irá se sentir muito mais à vontade para praticar delitos resultando numa onda de criminalidade já vista no estado.
Antes de mais nada, o governo do estado tem a obrigação e o dever de zelar pelos interesses dos cidadãos e cidadãs porque nesse caso o que está em jogo não são tão somente os salários dos policiais militares, mas a segurança da população. É preciso que a administração estadual mova "mundos e fundos" para resolver a questão no mais breve espaço de tempo possível. Os sergipanos e sergipanas não merecem ter suas famílias entregues ao Deus dará sem qualquer proteção da polícia contra a ação de marginais.
Fonte: Correio de Sergipe