“Ou tudo ou nada”, essa foi a colocação feita por um cabo da Policia Militar, na manha desta quarta feira (03). Este ano o São João em Sergipe, poderá não ter policiamento nas ruas, segundo afirmações do cabo Márcio, em entrevista ao programa Liberdade sem Censura.
Os representantes das Associações Militares estão revoltados com o anuncio feito pelo governador Marcelo Deda de que, anunciará hoje, o reajuste salarial dos servidores. As associações tiveram que afastar das negociações para que, o comandante e uma comissão de deputados fossem os mediadores junto ao governo do estado. Isso causou surpresa e revolta entre a tropa.
O governador Marcelo Deda (PT), marcou para às 08:30 horas desta quarta-feira (03) o anuncio do reajuste salarial que irá conceder ao funcionalismo público estadual. Acontecerá no Palácio dos Despachos, na avenida Adélia Franco. Segundo informações do Governo, os percentuais chegarão próximo a 6%, o que recupera perdas do IPCA do período.
Segundo o cabo, com a decisão do governo de não negociar e aplicar apenas o reajuste salarial à classe, a policia não fará a segurança durante os festejos de São João, que é uma tradição no estado. “Já há um movimento por parte da tropa que revoltada, não irá trabalhar no São João. O São João esse ano será um caos no estado. Eu estou com medo de deixar minha filha ir para o colégio. O estado ficará sem segurança”, disse o cabo.
Isso significa que a partir de hoje, a policia estará realizando uma greve branca. Policiais estarão na rua, porem sem trabalhar e, dessa forma não teria como punir os militares.
Outra situação que deixou os PMs revoltados, foi o fato de o governador não acenar para que possa ocorrer um acordo com a classe. Deda não aceita negociar com as associações a exemplo do que fez com o Síntese.
Também o gestor da Caixa Beneficente da policia, sargento Vieira, externou a sua revolta. Ele afirma que foram amordaçados, impedidos de reivindicar. “Já não sei mais o que falar para a tropa. Se hoje o governador vai fazer o anuncio, o que poderia eu falar para os associados.
Munir Darrage/FaxAju