Desde esta quarta-feira, 27, Aracaju sedia o VI Encontro do Nordeste de Travestis e Transexuais. O evento acontece no Aracaju Praia Hotel e é organizado pela Associação de Direitos Humanos e Cidadania GLBT de Aracaju (Astra). Na oportunidade, estarão reunidas lideranças homossexuais de toda a região nordeste para reivindicar a criação e execução de políticas públicas específicas para travestis e transexuais.
O encontro conta com a parceria e o apoio do Programa DST/Aids da Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA). Participaram da solenidade de abertura o consultor do Ministério da Saúde em DST/Aids, Eduardo Barbosa, representantes da PMA e outras lideranças políticas e da sociedade civil.
De acordo com a técnica do Programa DST/Aids, Darcy Rocha, já existe uma parceria constante entre o município e a Astra. O apoio na promoção deste encontro consiste em fortalecer as ações das ONG´s que trabalham com o tema DST/Aids na capital. Este é um evento muito importante porque reúne lideranças do movimento GLBT para discutir temas relevantes, como ações de combate à transfobia e diminuição da violência a travestis e transexuais, destacou a técnica.
Além desses temas, durante o encontro serão discutidos os mecanismos de acesso ao trabalho e à geração de emprego e renda para esse público e os processos de inclusão social de travestis e transexuais. Também haverá espaço reservado para o debate sobre o respeito ao nome social adotado pela travesti, entre outros assuntos, como cirurgia de transgenitalização na região nordeste.
O intuito é fortalecer as instituições que trabalham na região nordeste com a garantia de direitos humanos, cidadania, saúde pública e prevenção de DST/Aids para travestis e transexuais, enfatizou a presidente da Astra e organizadora do evento, a travesti Tatiane Araújo.
Para o presidente da Associação de Defesa Homossexual de Sergipe (ADHONS), Marcelo Lima de Menezes, um dos pontos mais importantes a ser discutido é o direito da travesti de usar o nome que escolheu socialmente. É uma questão de identidade de gênero. Lutamos pelo direito de a travesti ter a inclusão do nome social em diários de classe, para que ela possa ter acesso à educação, sem passar pelo constrangimento de usar um nome feminino e ser chamado de ´João´ na hora da chamada, pontuou Marcelo.
Fonte: Faxaju
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