Romero Jucá (PMDB-RR) e Ideli Salvatti (PT-SC) foram indicados.
Aloízio Mercadante (SP), líder do PT, ficou de fora.
Eduardo Bresciani - Do G1, em Brasília - Atualizado em 27/05/09 - 00h14
A base aliada anunciou na noite desta terça-feira (26) que os líderes do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), e do Congresso, Ideli Salvatti (PT-SC), serão titulares da CPI da Petrobras. As indicações foram feitas pelos líderes do PMDB, Renan Calheiros (AL), e do PT, Aloízio Mercadante (SP). O líder do PT, Aloízio Mercadante (SP), que desejava participar, ficou de fora após disputa nos bastidores com Calheiros. O petista só divulgou os nomes após conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Pelo PMDB, além de Jucá, foram indicados como titulares Paulo Duque (RJ) e Leomar Quintanilha (TO). Serão suplentes Valdir Raupp (RO) e Almeida Lima (SE). Quintanilha e Almeida Lima tiveram destaque na defesa de Calheiros quando este foi acusado de quebra de decoro parlamentar e acabou absolvido.
A lista do bloco do PT, que inclui também PR, PSB, PRB e PC do B, foi liberada menos de uma hora antes do fim do prazo para indicações, que terminava meia-noite. Além de Ideli, serão titulares da CPI os senadores João Pedro (PT-AM e Inácio Arruda (PC do B-CE). Arruda, aliás, terá de deixar a relatoria da CPI das ONGs, uma vez que um senador não pode ser titular de duas CPIs ao mesmo tempo.
Para a suplência foram indicados os senadores Marcelo Crivella (PRB-RJ) e Delcídio Amaral (PT-MS). O último se destacou justamente por ter atuação independente na presidência da CPI dos Correios, que investigou o escândalo do mensalão. O senador do Mato Grosso do Sul foi diretor da Petrobras, mas não poderá ser presidente da comissão por ter sido escolhido somente como suplente.
A oposição anunciou que só oficializará os nomes nesta quarta-feira (27), mas já anunciou que será representada por ACM Júnior (DEM-BA), Sérgio Guerra (PSDB-PE) e Álvaro Dias (PSDB-PR) como titulares e Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Heráclito Fortes (DEM-PI) como suplentes.
Os outros partidos da base já tinham feito as indicações. O PDT escalou Jéferson Praia (AM) como titular e o PTB escolheu o ex-presidente Fernando Collor (AL) como titular e o vice-líder do governo, Gim Argello (DF) como suplente.
Com os nomes definidos deve ganhar força a disputa por cargos chave da investigação, a presidência e a relatoria. O governo deseja ficar com as duas posições, mas a oposição promete atrapalhar votações em plenário para poder indicar o presidente.